Chegou a Bota.
Entra no camarim.
Soçobra em atavios,
cordões, molas
atacadores,
sarja, seda, cetim.
Sala cheia.
Rouquidões.
Na primeira fila
o Trompete dos Dois Corações.
Sinos suspendem sorrisos.
Aprumados os violinos.
Já chegou a bota!
- disse um flautim.
Mas onde está o Trombone?
em uníssono
pianíssimo
a audiência conspira:
Esta Bota
de bigodes - de – fuinha
tocará pratos
incorporados?
E será que brilha
o megafone do Trombone?...
Eis que chega o Trombone!
Entra convicto
das suas chaves – duplas
jade – reluzentes,
do seu salto alto “supertone”.
Atenções ao palco!
De um lado a Bota esguia,
do outro
o Trombone cheio de cor!
Vai começar
o concerto – fusão
em Bota – Trombone Menor!
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