quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Poema da Arrifana



Espero,
escondido e ancorado em pleno mar.
Enraízo,
leixão comido pelo vento e marés.
Voo,
para lugar nenhum.

Porque se acentuam as ondas
em tons gradados de azul?

Pairam gaivotas ofuscam
o bote na roda das bóias brancas .
A proa alta embala as ondas.

Escondido e ancorado em pleno mar.
Separado da deriva por um cabo.
Unido a um destino por um cabo.

Uma vaga de anil solta as amarras.
Voo,
lenço de seda roubado pelo Levante,
o bote,
caminho das ondas para a praia.

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